terça-feira, julho 27, 2010

A Ela


A felicidade... A felicidade não tem preço.
Eu aprendi com a vida que não existe padrão para o que te faz feliz, embora tenhamos sempre em mente que para sermos mais felizes precisamos possuir algo novo.
Culpa da falta. Não, a culpa deve ser dos nossos insaciáveis “corações”. Não faz muita diferença.
A verdade é que a única coisa capaz de produzir nossa felicidade não está fora de nós. O problema é que algumas pessoas (e creio que você e eu nos incluiremos nesse grupo) precisam de estímulos para exteriorizar essa felicidade. Isso não é necessariamente ruim, ao contrário, a libido movimenta, transforma. O que seria de nós se cada ser humano se voltasse unicamente para si sem deslocamentos, pulsões, desejos?
Aliás, qual era o meu objetivo mesmo escrevendo isso? E esse amor de onde vem? Isso é normal? O que é normal?
Sim, sublimar os meus próprios desejos... Sim, estava desejando coisas que não tenho.
É verdade, Ela e eu somos indissociáveis agora. As duas selvagens, aquelas que não aceitam a água do desconhecido, mas habitam com ele a mesma casa. Já não tento mais fazer uma análise sem seus termos e observações, ou negar a mudança que ela me causou e ainda causa.
Desde a primeira aula, lembro bem, pulsões. Uma aula que girou minha roda cármica totalmente devo dizer. Ela me faz questionar tudo, enxergar verdades que talvez eu nunca fosse procurar saber, mas eu não tenho medo, pois de alguma maneira Ela se encarrega de mostrar todas as respostas.
E quem disse que as respostas deixam de ser perguntas?
Minha roda da fortuna, meu oráculo, meu caminho, meu destino.

domingo, julho 11, 2010

Confissão de Marte

Se você tivesse me pedido pra ficar,
Eu nunca teria soltado a sua mão.
Se você tivesse me pedido pra te amar,
Eu teria te devolvido meu coração.
Se você tivesse dito pra mim aquelas palavras que você sempre escondeu,
Eu teria dito toda a verdade sobre os meus sentimentos.
Se você tivesse acreditado no amor que eu te dei,
Eu teria morrido por você.
Na verdade, será que você não entende?
Eu morri por você.
Eu morri todas as vezes que você dizia não me amar,
Todas as vezes que o amor era a antecipação da frieza,
Quando você esteve com outra,
Eu morri todos os dias por você!
Eu só queria que a dor fosse embora,
Mas ela ainda está aqui,
Mesmo que eu tenha decidido ignorá-la na maior parte do tempo.
Eu nunca mais vou sentir o que eu senti,
Beijar como eu te beijei,
Amar como eu te amei.
Ninguém tem um cheiro melhor que o seu.
Ninguém tem um beijo melhor que o nosso.
E não importa o que aconteça,
Não importa quanto tempo passe ou quantas pessoas,
Você agora sabe a verdade.
Hoje você entende o que amar significa
E isso significa que minha dor valeu para alguma coisa.
E se você me pedisse pra largar tudo,
Mesmo que isso significasse magoar as pessoas que nunca me magoaram,
Eu seria sua.
A verdade é que eu nunca deixei de ser,
Mas essa é uma verdade que eu carrego em segredo todos os dias no olhar e no peito já que você não vem buscá-la mais.
E logo eu que queria tanto ir pra Marte!

sexta-feira, julho 09, 2010

Minha fuga, meu abrigo

Eu quero sentar no chão da proa do navio, inalar o cheiro salgado do mar, sentir as ondas balançando em baixo de mim, ver as estrelas brilhando mais do que nunca no céu azul, sentir o vento gelado na minha pele delicada e chorar, chorar, chorar por você, por todos, por mim. De tão completa que sou pelas minhas experiências me sinto tão vazia! Foram tantas as partes que levaram de mim. Será que você também sente a minha falta e a minha presença assim? Será que eu ainda me basto? Será que eu ainda me encaixo em mim?