terça-feira, novembro 27, 2012

Infinito

O teu cheiro na minha cama é como flor de hortelã. Os teus quadris que se encaixam nos meus, a tua pele que desliza sobre a minha, os arrepios que me fazes sentir... São segundos de deleite, da felicidade mais intensa de quem encontrou o seu lugar no mundo ali, dentro de alguém, transbordando a si mesmo.

Nos cabelos, o suor do teu corpo; na boca, o teu gosto; no pescoço, o teu hálito pesado me conforta. Em lençóis de seda eu me vivo em você, em uma busca pelo maior prazer. A cada toque, um arrepio. Nada além de dedos vestidos de objetos metálicos arredondados, mais parecem o infinito.

De tudo, então, existe a lembrança. Lembrança de alguém que nunca tive, de lugares que nunca visitei, de cheiros que nunca senti, de você que nunca vivi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário