domingo, novembro 25, 2012

There is no runaway

Por causa de você às vezes desejo morrer, não vê? É essa dor que consome, fere, oprime. São essas lágrimas que geram um nó na garganta. Não ata, nem desata. Não permite comer, respirar, falar, sorrir.
A cada segundo, a tortura da decepção assola a plantação que, com tanto cuidado, cultivei. Se tivesse alguma noção da dor que causou, choraria talvez? Que lágrimas são essas que nunca saem desse peito? Que maldade é essa revelada em um amigo tão íntimo? Como pôde, como pode? Que fiz a ti para roubar a minha felicidade de tal maneira?
Sim, eu descobri a minha força mais profunda, caçando entre os cacos de mim que você espalhou por aí, mas sinto a cada dia o ódio que você plantou. Será que se ele queimasse a ti por dentro, também terias feito o que fez? Esse ódio, essa dor, essas lágrimas... O veneno nunca fez parte de mim, o que te fiz, o que te fiz?
Não há saída para nós dois, mas será que há alguma luz para mim? Já não consigo mais carregar o sofrimento que você me deu, já não suporto mais andar por aí meio-viva, meio-morta, meio-tu, meio-eu.
Estou bem, tão bem quanto alguém que sequer consegue
Como você consegue viver com algo assim na consciência? Que tipo de buraco uma pessoa precisa ter no peito para machucar alguém dessa forma? Me explica, soletra, desenha, me salva, por favor! Porque eu não aguento mais sofrer por uma pessoa que não tem nada dentro do coração.
Não há saída, somente desesperança.

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